domingo, 17 de junho de 2018

MERCADORIA FORA DE PRAZO


São poucos aqueles que nos respeitam ou respeitaram. Quando acabamos o nosso serviço militar no ultramar, fomos deixados num caís qualquer de Lisboa, como MERCADORIA FORA DE PRAZO, esta é a verdade nua e crua.

Não me venham com conversas da treta, mais o patriotismo, mais o Portugal de Caminha a Timor.....e tantas outras frases....feitas à medida das circunstâncias e do momento. 
Depois de África, depois da guerra, mais ninguém se interessou por nós. Alguém quer saber dos ex-combatentes que vivem na rua? Que trazem com eles doenças de África, como por exemplo o SPT. .......Sim...sim....o senhor, Presidente da República e outras entidades, lá se dão ao trabalho, de vez em quando, lá descem até à realidade e visitam, com um enxame de jornalistas e fotógrafos para registarem o "momento"...os "destroços" daquela guerra ultramarina. 
Vejam os homens que defenderam Portugal, vejam a mão estendida para mais uma esmola com registo televisivo, Venham lá as fanfarras, mais o dia de Portugal, mais as divisas amarelas. 
Nós seremos sempre os Esquecidos,,,os gajos que não conseguiram GANHAR aquela guerra, os meninos que foram de FÉRIAS até África...... A verdade, meus caros camaradas/irmãos/amigos.. é esta....Se não existissem os almoços de confraternização, se não existisse a amizade que ainda nos une, se não existisse aquela força invisível que nos impele a estarmos uns com os outros.....se não fosse a nossa vontade de estarmos juntos.....Aquela guerra já estaria esquecida. 
A prova, provada do que digo, do que escrevo, é que existem centenas de militares, nossos irmãos, que ainda estão sepultados num qualquer cemitério africano.Aquela guerra ... não foi um sonho...MAU, foi a nossa REALIDADE. Abraço a todos
José Nobre - 10 de Junho de 2018

domingo, 20 de maio de 2018

ENCONTRO 26º DO BCAÇ 3843

A CCS do BCAÇ 3843, organizou o seu 26º Encontro-Convívio, na vila de Boleiros, ali perto de Fátima, no dia 19 de Maio.

Cerca de 120 pessoas, entre familiares, amigos e antigos combatente, quiseram estar presentes neste evento, que já vinha sendo preparado desde o ano anterior.

Logo pela manhã foram chegando os participantes, que naturalmente se foram cumprimentando efusivamente.

Cada ano que passa é sempre mais um ano de vida que se vai juntar aos que ainda faltam par viver.
Alguns dos camaradas já não se viam desde longa data e outros nem tanto, mas a alegria essa esteve sempre presente.
De enaltecer o facto dos nossos comandantes António Figueiredo e Emídio Vicente nos terem sempre acompanhado nestas iniciativas. 
O padre Augusto Gonçalves capelão do Batalhão, realizou um missa pelos presentes e ausentes na igreja da paróquia.

Como tudo na vida merece ser recompensado, o repasto foi celebrado no restaurante "O TRUÃO", que por "coincidência" ficava defronte da igreja.
Foi um almoço muito bem servido num ambiente de franca camaradagem, por profissionais competentes. A natureza do espaço transportava-nos para épocas bem remotas. Estas são algumas das fotografias captadas durante o encontro.