Amigos da Guerra do Ultramar.
Talvez não saibam, mas os militares mobilizados para a
guerra do Ultramar, têm direito a uma Medalha Comemorativa das Campanhas.
Esta medalha é atribuida pelo chefe do Estado Maior do
Exército.
Não é necessário terem feito nenhum acto heroico, basta que
tenham lá estado numa das frentes, mesmo que dentro do arame farpado (os
aramistas como então se chamavam e onde eu me incluia, felizmente).
Para a obterem basta preencherem o requerimento AQUI, juntarem cópia do cartão de cidadão, colocarem um selo na
carta e enviarem para o endereço que lá consta.
Depois aguardam algum tempo (pode ir até cerca de 1
ano).
Mas por fim, hão-de receber uma carta ou um telefonema
normalmente da unidade mais próxima da residência que indicarem no requerimento
a dizer que podem por lá passar a levantar a dita medalha.
Estes esclarecimentos e minuta de requerimento
dei-os, presencialmente, no último almoço convivio da C.CAÇ
4241 que teve lugar em Abrantes em 30.09.2017 no antigo RI2 a nossa
unidade mobilizadora para Moçambique.
Quando a receberem numa caixinha muito enfeitadinha,
guardem-na lá nas reliquias do vosso baú para a transmitirem aos
filhos e netos, mas entretanto, enquanto por cá andarem, podem usá-la com
pompa e circunstância como eu às vezes faço, com ela no
"peito ilustre lusitano", como muito bem disse Camões,
que mandou calar tudo o que "a musa antiga canta,
porque outro valor mais alto, se alevanta".
Ora toma lá
que já almoçaste, aqui tens o fio condutor para o
apuramento da raça, em versão lusitana, que tal como na
alemanha de Hitler, tem por cá produzido as criaturas honradas que nós
tão bem conhecemos.
Ironia à parte, e porque sou o homem dos papeis desde que me
conheço, envio esta informação, porque me parece útil, para
todos os meus endereços de e-mail, não só para os meus camaradas da C.CAÇ
4241, mas também para todos os de outras unidades, assim como para
os paisanos que possam ter um familiar ou um amigo interessado neste direito
que lhe assiste na atribuição da medalha e que não o exerce por não saber.
Passem bem e já agora, como eu ouvia gritar a um
velhote meu vizinho, lá na minha aldeia, neste dia comemorativo
da "Rés-Pública",:
VIVA A REPUBLICA.