quinta-feira, 17 de maio de 2012

Imagens e Vídeo do 20º Encontro do BCaç 3843

Breve apresentação de algumas fotografias, tiradas durante o 20º Encontro do BCaç 3843 por Karim Ahmad e video da autoria de Manual Vaz (1º Sargento Vaz) com edição e montagem de Victor Pessa.




sábado, 12 de maio de 2012

ENCONTRO DE 2012

Realizou-se hoje dia 12 de Maio de 2012, o já tradicional Encontro de Ex-militares do nosso Batalhão de Caçadores 3843, com a particularidade da presença de elementos das companhias de caçadores 3355, 3356 e 3357.
Para os que não puderam estar presentes pelos mais diversos motivos aqui ficam algumas fotografias, na esperança que para o ano possamos estar novamente juntos a comemorar mais uma edição deste evento.
Saliente este ano a presença do nosso "Capitão" Rodrigues (hoje Coronel), do "Alferes" Candeias (médico), do "1º Sargento" Careto, hoje Capitão, do Nuno Coelho "condutor", do Luís Cunha e de muitos outros elementos das outras companhias que por motivos óbvios não sei o nome.
Este ano, foi depositada uma placa alusiva ao Batalhão no espaço destinado para o efeito, no RI 15, onde conjuntamente com as restantes placas de todos os Batalhões e Companhias que saíram deste regimento ali figuram.
Pela minha parte espero voltar para o próximo encontro e faço votos para que alguns de vós também estejam presentes, pois a grande família do BCaç 3843, precisa de todos, porque somente todos podemos fazer "MAIS E MELHOR".
Momento de continência em homenagem aos mortos do Ultramar. Pode-se ver ao fundo os nossos 2 comandantes em posição de sentido.
Coroa de flores oferecida pelo BCaç 3843 e agradecimento, emocionado, do Comandante ao nosso camarada Bras Lopes pela oferta deste.
Grupo de amigos, Tavares, Ribeiro, Pessa e "Capitão" Rodrigues.
As "namoradas" esperavam à sombra pelos bravos ex-militares, que se iam despedindo.
Quase dava para formar uma companhia. 4 Furrieis, 1 Sargento e 1 Capitão.
Pessa, Horta, "Capitão" Rodrigues, "1º Sarg" Vaz, Miguel e Tavares.
Velhos amigos, que se encontram ao fim de 40 anos. No meio está o Nuno Coelho.



sábado, 5 de maio de 2012

CANCIONEIRO DO NIASSA

O CANCIONEIRO DO NIASSA é uma colectânea de FADOS, que tem como assunto central a vida dos militares em serviço no NORTE DE MOÇAMBIQUE durante os últimos anos da década de sessenta.

Os autores das letras, que as adaptaram a melodias em voga nessa época, são desconhecidos, apenas se sabendo que pertenciam aos diversos ramos das FORÇAS ARMADAS, nelas ocupando variadas funções e postos.

Esta diversidade de origens, faz contudo realçar uma única temática, facilmente detectada, através de todas as letras. E é nessa unidade que reside, precisamente, o maior interesse folclórico e documental do CANCIONEIRO, como testemunho de uma época e como tradução do sentido daqueles que a viveram.


O Fado do Desertor é uma das peças mais bem conseguidas do Cancioneiro do Niassa (colectânea de canções de luta produzida em Metangula, em 1969.

O autor do "Desertor" é o Mário Orlando de Matos Bernardo, na altura médico da companhia de fuzileiros e, hoje, Professor Catedrático de Medicina, jubilado.

Pariu os versos durante uma crise de paludismo, na cama, e ditou-os para serem escritos.
Em síntese, a história é esta.


Do CANCIONEIRO, o "Fado do Desertor", é um fado que pela sua letra poderá ser considerado impróprio para salão! Só interessando a quem tenha algum sentido de humor!
(dados extraídos de, "Servir Portugal" e "Batalhão 2908".

FADO DO DESERTOR

Estava eu na minha terra
Disseram-me vais para a guerra
Bis

Toma lá uma espingarda
E um bilhete p'ro navio
E uma medalha num fio
E uma velha, velha farda
Bis

Após dias de caminho
Estava já muito magrinho

Esfomeado como um rato
Olhei bem só vi palmeiras
Macacos e bananeiras
Entendi, estava no mato
Bis

O furriel e o sargento
Chamavam-me fedorento

Porque me queria lavar
E o alferes e o capitão
Diziam que era calão
Se me viam descansar
Bis

Estava tão farto da guerra
E ao lembrar a minha terra

Fui um dia passear
Numa palhota sozinha
Estava uma preta girinha
Que ao ver-me pôs-se a chorar
Bis

E fiquei com tanta pena
Dessa mocinha morena
Bis

Que fugimos para o mato
Somos um casal feliz
E já temos um petiz

Bis

Que por sinal é mulato