domingo, 24 de abril de 2011

CHIPERA AINDA NA MEMÓRIA...

Do nosso companheiro Afonso Gil (da CCaç 2758) que esteve connosco em Chipera, recebi a fotos que a seguir publico. Certamente que alguns de vós se recordam deste "Famoso" companheiro, pois a nossa "amiga" Frelimo chegou a ter a cabeça dele a prémio, como alguns devem estar recordados. As fotos documentam alguns momentos marcantes do quotidiano de Chipera.
O Martins (fur) e o Gil. O de rádio na mão não sei quem era.
Batelão de Chicoa
A forte ligação entre os elementos do BCaç 3843 e a CCaç 2758 era notória nas muitas jantaradas que se faziam, sempre a pretexto de qualquer coisa. O importante de facto era a convivência e os fados do nosso amigo Tudela. Nesta foto recordo em cima da esq para a dta, o Afonso Gil, ?, Tudela, ?, ?, Eu. Em baixo o Jesus Matias e o meu grande amigo Sardinha, que nunca mais vi desde a sua saída de Chipera.
Uma das muitas ocasiões de festa domingueira. Uma batucada bem ritmada era sempre um bom pretexto para convivência salutar entre a população residente.
Quem não se lembra do majestoso embondeiro, onde tantas vezes da sua sombra desfrutámos, pelos inúmeros passeios em Chipera.

sábado, 23 de abril de 2011

40 ANOS DEPOIS

21 de Abril de 1971
Para muitos esta data, é mais uma entre muitas, mas para um ex-combatente do BCaç 3843, é algo de significativo, que por mais anos que viva jamais esquecerá.
Foi neste dia 21 de Abril de 1971, que o Batalhão de Caçadores 3843, embarcou rumo a terras de Moçambique, no paquete português "NIASSA".
Muitas foram certamente as fotografias tiradas na altura do embarque e muitas foram também as saudades que ficaram. Por isso estas imagens jamais serão apagadas da nossa memória.
Esta fotografia cedida pelo nosso camarada Castro Vera, demonstra claramente toda a expectativa daquele momento. Muitas lágrimas, uma enorme angústia naqueles que partiam e certamente uma enorme ansiedade no coração dos que ficavam.
A fotografia seguinte (já publicada) demonstra inequivocamente todo aquele ambiente de sofrimento que se vivia naquele momento.
Por mero acaso uns meses mais tarde, um camarada veio ter comigo e deu-me esta fotografia, onde pude ver claramente o ar resignado do meu pai que via partir o seu único filho homem, para uma guerra, da qual não sabia, tal como todos os outros, se o seu filho iria regressar um dia.